segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sobre o dia sem cigarro

Posso dizer sem erro que deixar o cigarro não é fácil. Fumante desde a adolescência, há um ano e quase três meses consegui o que sempre julguei missão impossível: parar de fumar.
Nos anos 70 fumar era corriqueiro. Personagens de novelas e filmes fumavam; a propaganda do tabaco fazia a festa de revistas e tv. O sucesso, o sabor da vitória, o cigarro do homem que sabe o que quer. Existiu, por um tempo, um cigarro mais longo e fino, embalagem dourada, dirigido para mulheres. Outro que parecia uma cigarrilha e era fumado por um detetive de seriado virou moda.
Pouco do que sabemos hoje era publicizado. A glamourização do cigarro deu-se na década de 40, durante a segunda guerra. Qualquer filme deste período mostra divas e gaãs fumando languidamente. Era charmoso. Durante a guerra, neste período, soldados recebiam junto com a ração alimentar anfetaminas e pacotes de cigarros
Malefícios causados pelo hábito de fumar só vieram a público quando as empresas começaram a pagar indenizações milionárias para quem sofreu seus danos.
E aí o hábito de fumar encontra outra serventia. Pode mascarar problemas, distrair eleitores indignados, causar celeumas. É só lembrar de Berlusconi na Itália, onde num dia só se falava de sua impopularidade, e no outro, só se comentava a lei anti-fumo proposta por ele.
Quem seguiu seu exemplo? Serra, claro, com a minuciosa proibição paulista.
Pessoalmente, estou melhor sem fumar, mas acho a caça às bruxas promovidas por alguns não-fumantes um exagero. tanto quanto as leis de Serra e Berlusconi.

2 comentários:

Soninha disse...

Como quem INCRIVELMENTE também conseguiu parar de fumar, concordo plenamente.

Anônimo disse...

Salutari, din Romania !