domingo, 9 de maio de 2010

Dia das mães e presentes para mães

Inegável: O apelo não poderia ser mais forte. Não precisamos de um psicanalista para referendar o fato. Mexer com a mãe do sujeito é um golpe e tanto na sensibilidade de qualquer um de nós. Crianças, adultos, idosos.  
Um golpe que pode render muito.
Mexe com o afeto, com lembranças, com origens.
Mas principalmente com nosso bolso. E com a possível culpa de quem não comprou a "lembrancinha" para sua mãe.
As primeiras divindades cultuadas pelo ser humano eram mulheres. Mesclava-se maternidade, origem da vida, origem da humanidade com fartura nas caças e colheitas. 
Na Grécia, entrada da primavera, havia festas e cultos à  Rhea, mãe de Zeus, considerada a mãe de todos os deuses. Outras culturas também festejavam a figura da mãe, porém de forma absolutamente diversa do que ocorre hoje.
Mas não podia ser diferente: O dia das mães, com direito a presente, como o conhecemos hoje, foi criado nos Estados Unidos, no começo do século XX, e logo depois recebeu até aprovação presidencial. Em terras de Tio Sam, claro, qualquer dia vira dia de comprar, e aí mais um motivo para a alegria de quem vende.
no Brasil o dia das mães mereceu talvez a primeira grande campanha unitária. Isto foi em 1949, quando os lojistas paulistas criaram a campanha publicitária que convencia a população a comemorar do dia das mães presenteando-as.
O dia das mães no mundo capitalista é uma das datas mais rentáveis, perdendo apenas para natal e dia das crianças em termos de vendas e lucros. A sabedoria comercial chega ao ponto de classificar tipos de mães e o presente recomendado para cada um dos tipos. Roupa para comemorar seu dia, restaurante para levá-la, perfume, etc. Um único dia de culto para a maternidade, mas de muito lucro para o sistema.
Com o apelo mais sacana que alguém pode fazer para um filho: 
- Vais deixar sua mãe sem um presente em seu dia?

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