terça-feira, 21 de setembro de 2010

A panacéia da direita

De uma hora para outra, a direita muda sua estratégia e parte para para a ficção. Primeiro, promete o salário mínimo a R$ 600 caso Serra seja eleito. Depois é a vez de Ana Amélia (segundo algumas crianças que estavam cantando sua música hoje, Ana Ameba) se propõe a ser a voz dos aposentados, da juventude, das mulheres, lutar pela educação e trazer o desenvolvimento para o RS. De novo Serra, e aparecem índices gordos de aumento para os aposentados. Porque então não apareceram estes aumentos e benesses no governo FHC? Serra fala em saúde, saúde, saúde. Como foi a saúde em São Paulo no seu governo?
É no mínimo engraçado ver esta turma que poucos anos atrás batia palmas para FHC chamando os aposentados de vagabundos agora tentando se apresentar como a voz dos mesmos aposentados.
O desespero da direita é compreensível. O que não se admite são as artimanhas e as mentiras que estão sendo usadas para tentar reverter uma vitória do campo popular, que a cada dia mais se consolida e que é a verdadeira vontade do povo brasileiro.
Se é caso de polícia, ou de de comprometer legalmente, eu não sei. Mas este salário de R$ 600  anunciado por Serra só aparece agora, quando claramente ele já não chega ao segundo turno. Os factóides transformados em barbaridades, a superestimação de fatos passados, a pegada pesada para cima do governo Lula e de Dilma são puro desespero. E é este povo que quer governar o Brasil... Este povo que governou, usou, usufruiu e se locupletou com o trabalho e a riqueza do povo brasileiro que não se conforma com luz para pobre, universidade para pobre, com crédito para pobre, com VIDA para o povo!
Por isto agora eles propõem tudo o que se ouve falar. O que eles, no governo, jamais fariam. Remédio para todos os males, solução para todos os problemas. Agora, como um bálsamo universal curador, a direita oferece tudo o que nunca teve a mínima intenção de oferecer.
Nestes poucos dias que nos separam da eleição, todo nosso esforço é pouco para garantirmos que as mentiras e os engodos da direita não contaminem nosso povo, tão esperançoso agora com a possibilidade de seguir avançando o projeto popular representado no Brasil por Dilma e por Tarso no RS!

Agora é Tarso!


Recém chegada da última plenária de mobilização da Unidade pelo Rio Grande, a sensação que veio junto é a de vitória. V

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Na Lagoa

O sol parece cacos de espelho nas pequenas ondas, e a água é meio salobra, meio doce.
Pequeninos animais se aninham nos juncos das margens rasas e barrentas.
Mesmo quando a brisa se espreguiça esperando a chuva, os ares carregam seus escritos.
A lagoa se mostra nua para poucos, pouco e raras vezes, sem nunca avisar a hora certa.
As vezes precisamos espiar com calma  o vai-e-vem das cintilações da luz.
Em outras somente a percebemos quando ela desperta em nossos sonhos profundos.
Ou a carregamos com a imagem presa no papel, na tela, no bordado,
As almas do sul da lagoa passeiam por nossos olhos embrulhados em mantas de luz.
Os ventos do sul da lagoa assobiam em nossos ouvidos quando as águas sobem, no fim da tarde,
As árvores sacodem suas folhas e elas caem os sons se misturam,
E se estivermos com os sentidos para o sul, podemos ouvir as almas de lá.
As ondas, as águas, as sombras, as músicas: Cada sinal uma vontade.
Moça geniosa, não é sempre que a lagoa se mostra sem suas mantas e véus.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mobilização Total até a Vitória!



Estamos diante de um feito inédito e extraordinário: governarmos o Rio Grande com Tarso e o Brasil com Dilma. Ambos representam neste momento a esperança de todos nós que lutamos por liberdade, por justiça social, por democracia, por desenvolvimento, por igualdade.
Lá e aqui, nossos adversários tentam desencadear uma campanha com o objetivo desesperado de impedir nosso crescimento, identificado por todas as pesquisas realizadas nos últimos dias.
No Rio Grande em particular, acompanhamos com perplexidade os últimos acontecimentos que colocam o Estado – mais uma vez - nas páginas policiais.
Diariamente tentam nos convencer, hora que a eleição está ganha, hora que está perdida. Hora que será decidida pela TV, hora que será decidida pelo poder econômico.

A ação consciente de nossa militância fará a diferença.

            Já compartilhamos muitas lutas. É chegada à hora de travarmos a mais importante batalha pelo futuro do Rio Grande e do Brasil. É hora de colocar o melhor de nossas energias e consciência militante para vencer! Por que é do futuro que se trata. Do nosso futuro. De um Rio Grande e um país melhor para todos.
            É chegada à hora da verdade. De mostrar nas ruas a força da mais consciente, decidida e abnegada militância: a militância da Unidade Popular pelo Rio Grande. É hora de mostrar e demonstrar a força dessa Unidade, da nossa Unidade.
            É hora de tomar as ruas, adesivar o peito, os veículos de transporte, identificar nossas residências e, nas ruas, tremular com orgulho nossas bandeiras. É hora de apresentar nossas propostas de governo construídas em diálogo com o povo. Conquistar os amigos e todas as pessoas de bem para nossa luta. É hora de fazer nossos materiais e melhores argumentos chegarem ao lugar certo, o eleitor, através dos caminhos que já conhecemos, de casa em casa, nos mutirões, na família, no trabalho, na parada do ônibus. É hora de iniciativa, de humildade, de solidariedade, de exemplo, de criatividade, é hora de ação.
            É hora de mostrar ao povo que defendemos com orgulho nossas bandeiras e que nossa campanha é uma só: Dilma, Tarso, Beto Grill, Paim, Abgail e os candidatos e candidatas proporcionais da Unidade Popular pelo Rio Grande. É hora de mostrar que somos todos Lula e que somos todos uma só campanha, um só bloco político e social, um só projeto.
            Até a vitória!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Remédio para todos os males

Assistir o horário eleitoral é programa indispensável nestes tempos. Para ver e ouvir o que está sendo proposto, para avaliar os candidatos, para distinguir bem o que é viável e o que é viagem. Por ontem,  a mudança no programa de Serra foi notável. Deve ter sido trocada toda a equipe, porque método, fotografia, música, tudo mudou. Claro que a baixaria continua pegando: Afinal, quem não tem proposta só pode apostar na desqualificação do oponente. O programa de Dilma, ótimo, cometeu uma incorreção histórica forte: citou a Princesa Isabel como responsável pelo fim da escravidão. Equivocado e dispensável.
Mas depois, nas candidaturas proporcionais, ouve-se de tudo. Certamente que as prioridades partidárias limitam o tempo de exposição das propostas. Mas alguns candidatos, premidos pelo pouco tempo, enumeram demandas como quem serve-se num rodízio de pizzas. Ontem mesmo ouvi um que disse algo como: "Saúde, educação, ecologia, segurança, redução de impostos, mais empregos, melhores salários e fim da corrupção". Como se as bandeiras encordoadas pudessem ter algum significado.
Fora atuações folclóricas como a do candidato que se diz muito pobre (o que dá a entender que caso eleito resolverá sua vida), o outro que se propõe a acabar com a bandidagem, os enviados por deus e outras pérolas, o que fica mesmo é que a falta de entendimento sobre o que faz um parlamentar ainda grassa em muitos partidos, que para engordar as listas necessárias se comprometem com quem não tem nenhum compromisso com a boa política.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Bateu o pavor!

Cheguei em casa neste 7 de setembro por volta das cinco da manhã, exausta das agendas da campanha, mas resolvi espiar os telejornais apresentados pela TV aberta. 
Primeiro, localizar telejornalismo, já que três emissoras apresentavam cultos evangélicos. Depois, a constatação: Bateu o pavor na direita brasileira. Só se fala em vazamento de dados da receita. A hipervalorização de um episódio ocorrido há cerca de um ano. Detalhe a detalhe, cada vírgula comentada, com direito a pitaco da tucana de bico verde Marina Silva, naturalmente indignada com o fato e exigindo, aos brados, apuração e punição dos fatos.
Num momento em que a diferença de pontos nas pesquisas demonstra a inviabilidade da campanha tucana, todos os recursos são tentados para oportunizar uma virada na posição de Serra. Até o absurdo de Serra comparar-se com Lula em 89, quando foi utilizado um depoimento-bomba sobre a possível intenção de Lula interromper a gravidez de sua filha Lurian. 
Tá, e daí?, perguntamos.
Qual a relação entre os dois fatos? Nenhuma, claro. Mas o que fazer quando não há nada a dizer? Inventar...
O desespero tucano aparece também no horário eleitoral, onde os partidos auxiliares alimentam as denúncias contra Dilma. Francelino para cá, Plínio para lá e reaparece o... sigilo fiscal.
Tão boa memória para alguns fatos, tão ruim para outros. Porque os partidos auxiliares da direita não recordam do caso Daslu? Do Mensalão do DEM? Falam tanto em Zé Dirceu que esquecem Arruda e Maluf.
Sem propostas concretas para apresentar, a tucanagem geral só tem mesmo que esbravejar, xingar, distorcer e reclamar. Sem, entretanto, deixar de tentar colar sua imagem desbotada no presidente de maior aprovação da história. 
A água chegou no pescoço tucano. Bateu o pavor. E começou a baixaria, como era esperado. Afinal a mídia golpista, a direita indignada e os tucanos decadentes não entregariam facilmente seus privilégios.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Metáforas para o desastre tucano


Nos últimos dias tenho lido e ouvido muitas metáforas referentes aos tucanos. Coisas como "barco afundando", "debandada do ninho", "edifício desmoronando". Cá prá nós, nada criativas, se fizermos uma análise literária. Eu mesma já usei alguma delas em textos anteriores. 

O lado bom, esquecendo o lado literário, é que realmente a campanha tucana desaba no Brasil todo, e não só com Serra. A campanha na TV, que era aguardada como grande recurso, capaz de alterar as intenções de voto em favor de Serra reforça, a cada dia, a campanha de Dilma.

A propaganda eleitoral da direita, com efeito, tem variado do patético ao ridículo, com direito a dramatizações dignas de novelas mexicanas. Serra não acerta a linha, semanalmente troca de prioridades, muda o discurso, varia o tom. Invariáveis são as referências sobre saúde, como se em São Paulo, dirigida pelo PSDB há quase duas décadas, não houvesse falta de vagas, filas, espera e péssimo atendimento.
O programa de Dilma tem sido no mínimo correto. Primeiro, tem como apresentador o presidente mais popular da história do Braisil. É leve, traz propostas e, muito corretamente, não responde aos insultos e agressões do oponente. Passa uma idéia de concretude.
Na verdade, a direita no Brasil vive uma grande crise de identidade: É oposição, mas não se atreve a falar de Lula, ao contrário, tenta colar nas realizações do presidente, dizendo suas obras feitas com dinheiro federal. E então como se diferenciar do governo, como ser oposição, como dizer que é errado o que já mostrou dar certo?
Mas nem só a campanha presidencial está no ar.
Como diz o velho ditado, o peixe apodrece pela cabeça. O desânimo e a incerteza de Serra, os índices caindo, a falta de coerência programática (afinal, qual é o projeto de Serra?) funciona como freio para as demais campanhas da direita no país. Mesmo nos estados  onde nos últimos anos tem sido hegemônico ou tido forte influência, as campanhas ligadas ao tucanos não decolam. O último reduto tucano, São Paulo, começa a balançar.
O esforço da mídia tendenciosa, de requentar uma denúncia de setembro do ano passado, referente ao vazamento de informações da receita federal, não está emplacando.
Então sobra para nós assistir um patético Serra, dizendo-se ofendido e perseguido como Lula foi em 1989 quando Collor usou de sua filha Lurian em rede nacional para tentar desmoralizar sua candidatura.
Por isto, mesmo que não sejam pérolas literárias, as metáforas estão bem empregadas. Resta a nós exercitar um pouquinho a criatividade e encontrar novas metáforas para o desastre da direita brasileira.