quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal?


Me perdoem os que se dedicam e acreditam.
Mas não consigo entender os cristãos. Comemoram o aniversário do filho de seu deus em em data errada; esta data foi copiada dos pagãos e suas festas que cultuavam a natureza. Prá comemorar o que eles dizem que é a festa da maior simplicidade, humildade, pobreza, etc., criam a cultura de presentear todos os que puderem; passam mais tempo nos shoppings do que no que convencionaram chamar de casa de deus, as igejas. Até distribuem algumas sobras para aqueles que passam o ano sem sequer comida. Isto alivia a consciência, e comprova o espírito caridoso.
Numa data em que, segundo eles, deveria reinar a sinceridade e a harmonia, inimigos se abraçam e confraternizam.
Não tem mesmo como entender quem diz que cultua um profeta, mas tem como símbolo e carrega até no corpo a cruz, o instrumento de tortura deste profeta.
Estes são os caras que perseguiram e quase exterminaram os pagãos.
Os mesmos das cruzadas.
Os mesmos da bula papal que negava alma, entenda-se direitos, aos povos abaixo da linha do Equador.
Quanto a mim, penso sinceramente que isto não tem lógica nenhuma. mas gosto muito da sucessão de anos. Ano Novo, sempre foi paraa mim uma data importante para reflexão e renovação. Mas não me venham com promessas nem determinações de dieta, por exemplo.
Portanto, Um grande 2010, cheio de energia e disposição para lutar por um mundo melhor. Presentes? a gente compra para quem gosta, o ano todo, quando encontra algo bonito.
Que venha 2010, e que traga, entre outras coisas, a continuação do projeto popular no país, e leve de volta o urubu paulista que pousou por aqui. E um pouco mais de realidade para as comemorações que o capitalismo nos impõe.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

2010


Muita força, muita garra, coragem, saúde e disposição para
que possamos, no próximo ano, continuar a luta por um mundo melhor.
E muito amor, felicidade e festa, que sem isto não tem graça.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Corujas em voo



Semre interpretei a falsa modéstia e recato como sinais perversos do catolicismo ocidental. Aquelas pessoas que dizem estar sempre à disposição., sempre prontas a ajudas... me dão medo.Gente sem opinião me dá medo. Gente sem vontade é perigosa. Para quem qualquer coisa serve, nada serve.Evidente que uma dose generosa de autocrítica é fundamental na construção de qualquer personalidade.
Mas agora é pessoal. Bandeirosamente pessoal.
Minha filha passou no 1 vestibular que fez.
Virei uma coruja.
E foda-se a modéstia ocidental.
A Guria é Muito Boa!!!!!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Celas


Não quero ouvir, quero falar,
Não quero entender, quero fazer,
Não quero ganhar, quero tomar,
Não me tocam dores, medos, pesar
Quero o nada, nem sangro,
Nem choro nem paro.
Andarilha de rumo,
É meu certo trilhar
Faltam asas, só elas me podem fazer
Levantar da prisão
que me dei como lar.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Muito tudo!


Uma filha com mestrado, um mestrado polêmico prá caramba. Agora, a outra com acertos mais do que suficientes prá entrar na universidade. E tem gente que me chama de vaidosa...

Tudo de bom...


Logo, logo lá de novo...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Outra vez os Celtas


Além de comer sorvete com frutinhas vermelhas deliciosas, além do dia ter sido nublado por todas as suas horas, novamente transgredi meu sono para sonhar acordada com o ser mais maravilhoso que já compôs, cantou, produziu e existiu pelo planeta. Pena que tão longe...
Ian Anderson, dormirei portanto embalada por thick as a brick.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

No forno, documentário sobre a FASE


Não sabemos se por sorte ou teimosia, galera, pode sair um mini-documentário sobre a FASE. E vai tratar mesmo das condições de vida e trabalho. É Intrínsica a coisa: se não tiver bem prá guri, não tá bem prá trabalhador, se tá ruim prá trabalhador, tá mau prá guri. Direção que não entende isto não consegue trabalhar, e é por isto que dá tanto problema, desgaste, estresse, atrito, por isto que o inferno tem nome e endereço. Quando se fala em dialética é por aí...
Estamos aceitando idéias, palpites, pitacos, lembranças, depoimentos, fotos, documentos, tudo na maior discrição. Até porque sabemos muito bem a democracia colaborativa reinante na Fundação nesta gestão.

Feba 3

Falando em rap, lembro de duas figuras que conheci nesta cena: um, rapper chegou a trabalhar em algumas casas da FASE, mas depois, por motivos que sabe-se lá fez uma declaração pública infelicíssima, chamando a monitoria de ", gorilas, torturadores, e coitados dos os manos". O outro, , também rapper, teve, numa conversa informal, sem saber que havia duas monitoras presentes, teve uma postura bem menos agressiva. Falou que existem alguns monitores que "se espicham", mas não são todos, que a maioria tá ali pelo salário e até fazem um trabalhinho na deles(...) mas, perguntado sobre torturas, referiu-se a um único caso, verdadeiro, documentado, e que rendeu inclusive uma justa causa ao funcionário. E este rapaz já havia sido interno em uma unidade, ao contrário do outro.

feba 2

Isto me veio à mente agora, quando começamos a nos mobilizar para gravar um video-documentário sobre a FASE,antiga FEBEM. Porque? Porque os rap's que para mim podem ser chamados de gangsta, embalaram a geração que sofreu privação de liberdade nos anos 90. Falo destes anos porque foi quando eu trabalhei lá. e ouvi rap a ponto de decorar vários deles. Pagodes e sertanejos, ouvia-se, alguma coisa. Mas era pouco. Bem pouco. E ouvindo hoje algumas destas letras, deixo a pergunta no ar: Ajuda, incita? Como funciona para quem sofre a privação de liberdade ouvir determinadas letras? Dá vontade de refletir ou fissura? É um debate a ser feito. Penso eu, que certamente entendo muito pouco da coisa toda. É pegar o CD Sobrevivendo no Inferno, dos Racionais MC's, ouvir e opinar.

Feba 1


Faz tempo que não escuto um rap, que antes eu achava que era dos racionais, agora sei que não é.
Mas começava assim:
"Minha intenção é ruim, esvazia o lugar,
estou encima, estou assim, um, dois, prá atirar...
Eu sou bem pior do que você está vendo,
o preto aqui não tem dó, é cem por cento veneno...
e seguia até uma parte interessante:
Se eu fosse aquele cara que se humilha no sinal,
por meio de um real, minha chance era pouca.
Mas eu sou aquele moleque de touca,
que se arrisca, e enfia o cano dentro da sua boca.
parados no sinal, você e sua mina,
Um dois, nem me viu, já sumi na neblina...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sobre Plantas e Plantios


Mexer na terra, para alguns, é algo corriqueiro e rotineiro.
esmagar torrões ora úmidos, ora secos,
juntar os poucos e muitos montinhos de terra
que ficam em volta de plantas compradas,
cuidadosamente escolhidas,
embora sem critério outro que não
a pura escolha temporal,
descobrir uma semente que virou um fiapo de planta,
pode parecer qualquer coisa para quem já fez isto
ao menos uma única vez.
Não para mim, que, depois de muito pensar, projetar,
pela primeira vez acabei de
escolher e plantar minha floresta particular,
que cabe inteira em cerca de dez ou doze vasos.
Por enquanto.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Farol de Itapuã


O Farol tem cerca de 160 anos. E toda uma história, como toda Itapuã. Céu azul, morros, verde, água dourada e areia branca. Bugios e sabiás, lagartos e visitas só de longe. O farol só é acessado por barco, e não por qualquer barco. Sua luz ilumina por cerca de 20 km. Ali já é a Laguna dos Patos.

Detalhes do Paraíso

Nem todos os caminhos de Itapuã conduzem à lagoa. Mesmo quando se se passeia pela pequena vila de origem açoriana, com suas igrejas do século XVII e XVIII, paredes pintadas com cal branca, portas e janelas azuis, a influência portuguesa grita. O que foi uma capela jesuíta do início dos anos 1700 foi transformada pelos revolucionários farropilhas para guardar armamento, mas ainda sobrou a estrutura.
No final da década de 70 o povo que acampava lá fazia saraus nas ruínas da igrejas, e acabaram limpando um pouco a área, e dando uma maneira de evitar o desmoronamento. Necessário urgente um projeto de preservação, mas quem se propõe?

Eu, Mick, Deusa-Mãe



Não fiz de um limão uma limonada; fiz uma torta, daquelas de requeijão, maravilhosa, tudo de bom. Dos melhores momentos deste ano, viajar com a UJS, inda mais com meu colega das Sociais UFRGS Mick, com quem tenho assuntos até o ano 2029, sempre é extremamente prazeiroso. Mick é daquelas pessoas profundamente intelectualizadas, nem de perto parece ter a parca idade que tem. Companhia imprescindível para todas as boas e nem tão boas horas, foi a parceria perfeita para o sol e o encanto de entrar a festa da fertilidade de Deusa-Mãe [ou, como preferem os masoquistas cristãos, cultuadores de cruzes, dia de mortos(?)]no festival de Beltane, que no norte ocorre em 1º de maio e aqui em 1º de novembro.Num lugar que é o próprio paraíso.
Cá prá nós, cultuar o instrumento que torturou até a morte o pretenso filho de seu Deus, não tem certos resquício de crueldade???

Dias de Paz


Conheci Itapuã com dois amigos que já não vivem mais. Depiois disto, voltei muitas vezes. Foram muitos pequenos, muuuito pequenos peixes, arroz com sardinha, depois incontáveis miojos. Nos bons tempos, salchipão. Se dava, cerveja, se não, cachaça mesmo. Imprescindível eram algumas músicas, algumas companhias e o indispensável alto astral. Não na vila, antes. Praia das Pombas, do Tigre, Praia de Fora. Fogueira, barraca desconfortável, nada incomodava. Queimar taquara prá espantar mosquito. Incrível, nunca vi ninguém sair picado por cobra, escorpião ou outro bicho destes... Vi uma vez os bugios roubarem todas as nossas frutas. MAs mesmo assim, ficou tudo na paz.
Hoje, olhando bem atentamente, dá prá reconhecer um que outro dos que foram e ficaram por lá. Tranquilos, trabalhando (no seu ritmo, claro), um jeito totalmente diferente da loucura da gente. Quem foi certo? Quem foi e ficou, ou quem voltou?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sertaneja: Ou Entre Tapas e Beijos


Não por acaso, anos atrás uma música sertaneja teve e tem até hoje seu refrão cantado, declamado, vivido ou interpretado por casais de todas as classes, de várias formas, e felizmente nem sempre chegando ao extremo absurdo e covarde da agressão física.
Mesmo assim, é no mínimo curiosa e merecedora de reflexão a constatação de que alguns relacionamentos parecem ficar mais fortes a cada briga, mais quentes a cada final, mais consistentes cada vez que acabam e depois retomam.
Enfim, cada um com seu cada qual, e se é assim que é, desde que funcione e não magoe, que seja. Resta saber se realmente não magoa, e se ninguém está cansando da brincadeira, o que fatalmente acaba acontecendo. Aí, o que sempre foi comum vira incomum, e o sofrimento é inevitável...

Pontos perdidos


Conheci Racionais MC's a partir de meu trabalho com adolescentes autores de ato infracional. Algumas letras, muito mais que as repetitivas melodias me tocaram a ponto de eu pensar no RAP como expressão de um grupo social oprimido, explorado, alijado de seus direitos. Expecialmente as músicas: Diário de um Detento, Fim de Semana no Parque e outra que não lembro o nome (estou ouvindo alguém chamar meu nome, parece um mano meu, é voz de homem...), me faziam pensar em como os Racionais tinham uma visão crítica da vida prisional..
Depois ouvi falar e conheci outro rapper, o Sabottage; Gostei muito. Morreu logo, este. De morte matada. Dizem as más línguas que por sucesso demais e juízo de menos.
Agora fico sabendo que as letras dos Racionais NÃO ERAM feitas pelos Racionais, mas sim por um presidiário que depois virou evangélico(?).
Lembrei imediatamente de políticos que só visitam morros, vilas e favelas em épocas de eleições, rappers de gravatas e do poder de cooptação do sistema.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Pobres, presos e prisões.


A população carcerária de São Paulo é composta na maioria por jovens, solteiros e desempregados. Uma pesquisa do Tribunal de Alçada Criminal (Tacrim) revelou que o jovem entre 19 e 21 anos está envolvido nos crimes contra o patrimônio, respondendo por 63% dos furtos e 69% dos roubos.
O estudo mostrou que 85% dos presos tinham concluído apenas o 1.º grau, 10% o 2.º grau e 70% se declararam desempregados. O índice de reincidência era de 50%. A condenação é maior nos níveis mais baixos de escolaridade: 92% dos analfabetos foram condenados.
Depois, procuro na internet e encontro em reportagem da revista Época:
Se todos os mandados de prisão expedidos pela Justiça fossem cumpridos, o número saltaria para 653 mil vagas. Encarcerar tanta gente custaria sete vezes o valor do Bolsa-Família, ou R$ 65,3 bilhões, tendo por base o custo de cada vaga em uma penitenciária federal, que é de R$ 100 mil. Outros R$ 7 bilhões anuais seriam gastos para manter os presos. Evidentemente, esses recursos não existem. Privatizar as cadeias pode ser uma solução?
Conclusão: A classe dominante nem por sonho pensa em resolver o problema da superlotação dos presídios diminuindo a criminalidade, o analfabetismo e as desigualdades sociais, ou no mínimo usar penas alternativas. Para eles, as saídas variam entre privatizar presídios ou quem sabe redirecionar as verbas da bolsa família. Quem sabe, exportar presidiários, ou implantar a pena de morte.

Pobres, presos e prisões.

Mais Pink!

Ministro Minc


Valeu a pena ver Marina cair para ouvir o ministro Carlos Minc definir seu pensamento sobre desenvolvimento sustentável: "Ensinar ao homem que a floresta de pé vale imensamente mais do que a floresta derrubada." Grande Minc.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Tempo


Cada dia é mais um dia, ou menos um dia.
Para quem aguarda, menos um dia.
Para quem protela, mais um dia.
No final, tudo depende do ponto de vista.
Todas as coisas são relativas.
Inclusive o tempo.
Tudo depende de quem vê,
e de como vê.
No final,
Cada dia é só mais um dia.

Mortes e Vidas.


Choramos as mortes alheias pelos mais diversos motivos. Eu choro a morte dos seres amados pela saudade, ausência e falta que estes seres me farão.
Derrubei os os véus da hipocrisia e admiti: Choro as mortes por mim, mais do que que por quem morreu. Choramos na morte alheia um pouco da nossa própria.
Assim, nossas dores são menores.
É parte do ciclo da vida morrer. Doença é não entender que a morte é comum, inevitável e natural. Doença é protelar a morte quando necessária.
Deixar em paz as mortes alheias para nelas não chorar males de vidas mal-resolvidas.

domingo, 11 de outubro de 2009

Madrugada de sábado


Romper cadeias,
Algemas e esquemas.
Romper aldeias e voar.
Realizar feitos impossíveis,
Tão possíveis
Que imperceptíveis
Para o senso comum.
Tão pequeno senso.
Que incomum
É romper estratagemas
E correr mundos
Incompletos
E desconhecidos,
Descobrindo cada vez
Mais
Outras léguas,
E de hora em hora
Mudando,no mínimo ,
De signo,
Quiçá de nome
E destino completo.

sábado, 10 de outubro de 2009

Repressão e hipocrisia medieval


Tanto quanto no período medieval europeu, a mulher no Brasil colonial, ser submetida à opressão masculina volta-se para o domínio que lhe é reservado: torna-se parteira, curadora, cuidadora. Confinada ao lar, passa a desenvolver a observação cuidadosa da natureza, desenvolvendo conhecimentos específicos sobre plantas, ervas, doenças; Enfim, tudo o que requeria observação e persistência. Desta forma, acumulando conhecimentos fundamentais para a sobrevivência, A partir daí, institucionaliza-se as duas figuras femininas simbólicas: a mulher-mãe, virtuosa, casta (que se entrega para cumprir seu papel, mas sem usufruir do prazer pecaminoso), e da prostituta, a mulher, sexuada, alegre, sempre disposta e disponível. A repressão e a hipocrisia moral, como até hoje, fazendo suas vítimas ao negar à mulher o que lhe é direito: vida, prazer e conhecimento para seu próprio usufruto, e não apenas para prestação de serviços ao outro.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Jane Avril


Povoou minha curiosidade adolescente esta figura nem alegre nem triste. Veio de brinde numa revista (bastante recatada, como convinha na época) sobre vida e obra de Toulouse Lautrec. Era um poster, Jane Avril en Jardin de Paris, eeu primeiro imaginei uma vida glamurosa, de dançarinas de can-cann numa Paris cintilante. Depois, quando a realidade começou a se adensar, comecei a conceber o tormento que deve ter sido a prostituição na França da belle èpoque, com toda a carga de preconceitos, discriminação, miséria e pragas venéreas grassando sem tratamento. Comecei então a procurar informações sobre a obra do torturado Laoutrec. Geralmente pintava cenas dos cabarés que frequentava e onde morava, as mulheres com quem vivia e amava. Jane era apenas uma delas. Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa escandalizou a puritana e hipócrita sociedade da época, e morreu aos 36 anos, de sífilis, cirrose e angústia.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sonhar, voar!


Basa:
Um dos tantos heróis passados que (talvez) não existiram em carne e osso foi Ícaro, aquele que montou asas de cera para voar e viu estas asas derreterem com o sol. Bom que nossas asas podem ser criadas com o pensamento, costuradas com nossos sonhos, e, se bem sonhadas, nada derrete. Acredito (Acreditamos)em meus (nossos)sonhos com ardor adolescente. Envelhecer apenas em pele e ossos, jamais em pensamento e paixões. Icaros que não acrediam nas próprias asas, vejo hoje em tristes revolucionários profissionais, perdidos em penas derretidas, tristes e algemados por suas necessidades cotidianas. Bom que ainda posso (podemos) voar e sonhar!
Voa, amigo querido, e nunca entrega teus sonhos para os homens sem fantasias!

Frida Kalo, à revolução!


"Nasci com a revolução", ela disse. Com novos e promissores atores, boa trilha sonora, excelente argumento, a peça Frida estará no Teatro Túlio Piva, na República passando a Patrocínio hoje e na próxima quarta, 21 horas. Melhor: É só pegar a senha, a partir das 19 horas, já que a peça faz parte do projeto Caras Novas (ou novas caras, dêem desconto...) Com pesquisa e atuação de Juçara Gaspar, Direção Daniel Colin e cenários de Lara Colleti, entre outras boas presenças. Imperdível.

domingo, 20 de setembro de 2009

Final de Ramadã:



Respeito a todas as culturas, inda mais as que afrontam e enfrentam o neoliberalismo:

"Os pensamentos se renovam e as culturas proliferam; a vida evolui e a colheita intelectual da humanidade aumenta a cada dia; e quanto mais a humanidade evolui, mais unida e mais mesclada fica."
( Samir El Hayek)
No dia de hoje muçulmanos do mundo todo comemoram o final do mês de jejum, devemos lembrar as sábias lições do alcorão:
Em nome de Allah, o Clemente, o misericordioso. "Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos para reconhecerdes uns aos outros."
( 49ªsurata, versículo 13)
EID MUBARAK - Fátima Ahmad Ali

sábado, 12 de setembro de 2009

Marina, Heloísa e as semelhanças



Não deu. Nem aqui no broguezinho, meu penúltimo reduto, daqueles onde, claro, eu expressava prosas e poesias de forma ideológica, mas eram prosas, poesias, lembranças e coisas do gênero. Só coisas bonitas. Mas daí vem a new verde-cintilante, jogando água no moinho da direita, cumprindo a tarefa que em 2006 foi da outra colega. Qualquer semelhança não será nada coincidente.
Ou será que, com o Brasil sobrevivendo, e muito bem, à crise econômica internacional, a populaaridade de Lula cada dia maior, o povão vivendo cada vez melhor, a ex-ministra está preocupada com a extinção de uma espécie, a dos tucanus oportunistus safadus?
Não esqueçam, O grão mestre do PV, Gabeira, tem sido aliado dos mais fiéis do PSDB, portanto a ex-petista Marina Silva terá que dividir palanque com Serra, Alkmin, Aécio, e quem sabe até, caso escape da cadeia, nossa governadora Yeda...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Santana. Grande Santana.



Em tempos que se fala dos 40 anos de Woodstock, impossível não lembrar de um dos maiores guitarristas do século, o mexicano Carlos Santana. Para mim, Caravanserai foi seu melhor disco, daqueles pretos que arranhavam, e que por garantia, logo que a gente comprava, gravava uma fita K-7. Que depois rebentava, desgravava, etc. Bueno, CDs arranham, certo?
Bem, a originalmente Santana Blues Band, depois só Santana gravou 23 discos, em sua maioria discos ouro ou platina. Discos solo foram 9.Coletâneas, 16. Extra-oficiais, mais de 20. Singles, mais de 30. Já tocou com Eric Clapton, Tina Turner, Wyclef Jean, Tina Turner, Jennifer Lopez,Michael Jackson, ou seja, o cara é eclético mesmo.
E Muito Bom. Grande Santana.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sobre a flor


CLARO que a flor amarela da postagem abaixo NÃO é de pitangueira. Flores de pitangueira
são pequenas, bem pequenas, e brancas. Postei aquela pq achei a imagem bonita bonita. Mas ESTA é a original.

Setembro


Setembro é assim mesmo. Um dia, vi a pitangueira florindo fora de época. Passei o feriado trabalhando, sentindo a mudança de tempo, é sol, calor, é céu fechando, fechando, chuva a inundar a cidade, vento fazendo suas artes e os trovões e relâmpagos tomando conta provisória conta do céu.
Amanhã termina o feriado, continuo trabalhando, continua chovendo. Tomara que tenha trovões e relâmpagos também. Chuva sem luz e som perde um pouco da graça. Ou que venha o sol.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Gatos: Posh, a mais linda gata amarela


Poshoca era minha gata amarela. Foi embora, mas está em meu coração e tatuada em meu braço. As vezes, em noites de tempestade, sinto Poshoca caminhar sobre meus pés, como fazia quando estava por aqui. Posh não gostava de trovões, vacinas, banho e cães. Morreu como viveu: como bom bixo que foi.Na a mandíbula do cachorro do vizinho. Foi.
Brincava com baganas de cigarro e canetas e tudo o gente a perdesse e procurasse desesperadamente. Inclusive chaves e anéis.
Adorava lagartixas, azeitonas, borboletas e ração de peixe.Tudo para comer, óbvio. Agora, dia 6 de setembro, são dois anos sem Posh. Ainda não apareceu outra gata amarela. E talvez se aparecer, vou querer que seja como ela. E como ela, nunca haverá outra igual.

Gatos


Gatos são meigos.

Gatos são pura poesia.

Gatos

Gatos são sábios.

Gatos são mágicos.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Exú


Cada cultura com suas belezas... Cada beleza com seus DEUSES. E quem acha que beleza tem padrão, ainda não entendeu nada. Penso eu.

Thor


Tá bem, sou brasileira, cruza de árabe com índio e português, mas que as descrições de certos deuses nórdicos fazem deles realmente DEUSES, ah, isto fazem...

domingo, 30 de agosto de 2009

Assisti e recomendo:Elizabeth, a Era de Ouro


Ato delicado este de recomendar filmes. Primeiro, cada qual com seu gosto, com suas preferências, coisa construída por lembranças, trajetória, aprendizado. Segundo, sucessos de crítica podem ser porres de vinho quente, e sucessos de público nem se fala.
Mas assisti e me impressionei com a qualidade, a trama, o desempenho de Cate Blanchett,o figurino, o cenário, e principalmente o sentimento de fanatismo religioso que o filme transmite. O olhar de loucura de Filipe II, a inquisição, a fúria que tanto condeno do ocidentalismo cristão e as vítimas feitas por sua insanidade.
Quem não assistiu, assista. Valiosa vacina em tempos de renascimento fundamentalista.

sábado, 29 de agosto de 2009

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O agosto dos celtas


Pois tanto ouvi Ian e sua música mágica que fui bsucar informações sobre os celtas e seus maravilhosos cultos pagãos. Os celtas, suas Deusas, sua Brighid que de tão popular virou Santa Brígida...
Agosto é o mês da Lua da Tempestade que descreve o movimento das águas geladas. Lua dedicada à Deusa Brighid, e ao equilíbrio entre a luz e as sombras. Em gaélico este mês chama-se Lúnasa, dedicado ao Deus Lugh e marca o início das colheitas no Hemisfério Norte.É o tempo de despertar as sementes da promessa, a esperança que se renova com a chegada da primavera.
http://www.templodeavalon.com/modules/smartsection/item.php?itemid=12

Mais Jethro Tull


Mais: Jethro tem um aroma deliciosamente pagão. Gosto pagão.
Aí está.

Jethro Tull



Jethro Tull é daquelas bandas inconfundíveis, únicas. Nada se parece, nada traz a mesma sensação de idade média, catedrais góticas, fog londrino, de coisas que eu nunca vivi mas que tenho que certeza que são exatamente como o que se sente ao ouvir a voz e a flauta de Ian Anderson. A musicalidade da Jethro incorpora elementos do rock, da musica religiosa celta, de Bach e da música sacra medieval. A banda surge entre 67 e 68 na cidade inglesa de Blackpool.
A primeira vez que ouvi Thick as a Brick, por volta de 1975, foi hipnose: passei semanas com a melodia na cabeça. Hoje ouvi de novo. Me sinto comendo maçãs celtas outra vez.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Valeu, Porto Alegre!!! Valeu, Ju!!!


Contribuição da Jussara Cony pro meu Brogue, em comemoração ao NÃO
que Porto Alegre deu prá privarização do por-do-sol!!!

Poeta, desperta!

A Quintana, nos 100 anos do seu chegar.

Amanhecer na Porto Alegre
das ruas em que ele não andou
mas, para sempre, deixou
a saudade no caminho...
e os que precisam ver
para crer: que, eles, passarão...
Ele, passarinho!
Entardecer na Porto Alegre
onde há gorjeios, ainda,
na busca infinda
daquele caminhante
num por do sol delirante...
Anoitecer na Porto Alegre
dos silêncios, dos olhares, da reflexão,
dos sorrisos vagos da solidão...
Um poeta
sonhando,
dos preconceitos zombando.
Um poeta
dos sem amor e dos amantes,
das linhas certas e das errantes...
Amanhecer em Porto Alegre,
entardecer em Porto Alegre,
anoitecer em Porto Alegre..
E tu dormes, poeta!
Sem ti, pássaro de asas leves,
é mais desafiador.
Não pela dor,
porque, essa, faz parte...
Mas pela poesia,
a imagem,
a doce linguagem,
até quando ferina!
Do teu novo e inatingível mundo
foge, por favor, poeta
e anda por Porto Alegre,
dos becos, das praças, inquieta....
Nas suas manhãs, tardes e noites
lânguidas, quentes ou frias como açoites
onde até o Minuano enfraqueceu
e o amor... ah, o amor...
se escafedeu...
É, poeta,
a coisa, por aqui, esmoreceu...
Poeta,
assim como Porto Alegre, te inquieta,
vem andar naquelas ruas
que não desistiram de esperar
por ti e por teus passos..
Teus passos...
Andarilhos nos amanheceres...
Sedentos nos entardeceres...
Amantes incansáveis nos anoiteceres...
Com teus Quintanares, poeta,
por ti, por nós,
desperta!!!
Jussara Cony

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Um dia de cada jeito



Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu. E somos só a mesma pessoa, matando algumas coisas e parindo outras dentro e fora de nós. É só uma questão de escolha entre morrer ou parir, e o que.

Gracias, Hermanos!

Recebi um post dos hermanos do blog QV4 Radio, de Buenos Aires, Argentina. não sei como eles foram parar no Regina, Regina!, mas gostaram do bicho. E Eu adorei o blog deles. Fica o registro, visitem: http://qvale4.blogspot.com/

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Domingo vote NÃO


Quando os mercenários cristãos ocidentais chegaram por aqui e decidiram que terra, este bem de todos, deveria ser dividido entre poucos para que muitos trabalhassem a vida toda pensando em poder tê-lo. O povo nativo não entendeu porra nenhuma, nem gostou nada, tanto que até hoje tem gente brigando pela terra para trabalhar e outros para guardar e especular. Mas vai daí que inventaram leis, trouxeram alfarrábios, citaram romanos, hamurábis e catataus. Aos poucos, foram comprando e vendendo tudo.Pior, convencendo quem não tem que é assim mesmo, ou que deus quer assim, ou que quem é mais esperto, mais bonito ou mais não-sei-quê merece mesmo ter mais.Ou deixar para seus filhos, que depois podem virar parasitas, e não precisam trabalhar. A ponto de ter bolsinha de mulher hoje em dia custando 20 mil dólares, sapato de homem, 30 mil, anel de dondoca custando tanto que nem faço conta. Água, já se paga.Ensino, se paga, saúde, se paga. Morro, o que sobrou tá tudo despencando de tão construído. Área verde, ou é reserva, e nem se pode aproveitar, ou é condomínio de luxo.
Agora chegou a vez de privatizar o por do sol do Guaíba. Prá quem acha que votar é compactuar, desculpa, respeito a posição, mas penso que omissão não ajuda muito neste tipo de caso. Respeitosamente peço que reveja a posição e vote NÃO.
Para quem se diz progressista e acha que sim, tem que construir espigões na pouca orla restante, pergunto: Filho, filha, tens dinheiro para comprar uma cobertura lá? Ah, tens? Então troca de lado, meu bem, vai defender teus interesses de classe.Ou será socialismo lotar o estado de eucaliptos e depois entregar a orla pra burguês morar? Pode ser, se trocou de nome. Já vi e vivi este filme antes. O que não dá mesmo é ver quem não vai poder nem poder pisar na portaria dos prédios de luxo defender o patrimônio dos outros.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009