segunda-feira, 31 de outubro de 2011

FASE recusa proposta. FPERGS, unida, ACEITA!

Colegas:
Tivemos, hoje à tarde, a assembléia onde foi votada a proposta do Governo de regulamentar a jornada de trabalho 8*h, 6h com palntão de 12 nos finais de semana e 12 X 36 para dia e noite) , pagamento das duas horas de intervalo nas jornadas de trabalho, que seria de 30 horas-extra para as jornadas de 12 X 36 dia e noite, e oito horas para os plantões de finais de semana. A proposta incluía ainda a regulamentação da folga mensal para quem trabalha em turnos de revezamento.
Tivemos uma assembléia tensa, com muita agressividade por parte dos trabalhadores da FASE. Xingamentos, ofensas, repetição de perguntas para ganhar tempo,
estes foram os argumentos de "colegas" da FASE, totalmente incompatíveis com a de educadores. A única explicação que deram foi de que talvez o Governo resolva construir alojamentos para os trabalhadores descansarem. Uma incoerência! Quem trabalha com crianças a e adolescentes dormindo no chão, em casas sem estrutura, qual governo enfrentaria a justiça e a opinião pública construindo alojamentos com TODOS os requisitos legais???
Enquanto a clientela não tem sequer colchões em condições, qual Governo gastaria e se exporia com a construção de aposentos que devem seguir especificações normativadas, com todo o conforto? Sim, pois a proposta prevê que SOMENTE neste caso, com tais instalações vistoriadas pelo SEMAPI e pela Justiça do Trabalho estas horas não seriam pagas!! E mais: Esta proposta deveria ser avaliada ano a ano, em cada negociação!  E para que isto acontecesse, deveria haver previsão no orçamento do ano anterior... Etc, e tal. Ou seja, não aconteceria.
Nós, trabalhadores da FPERGS, fomos minoria. Inclusive nas falas: Somente eu e as colegas Beth, da AFUFE, Sílvia do AR 32 e Lígia, de Ipanema nos manifestamos. Talvez por coação da agressividade dos "colegas" da FASE, que se repetiam de forma maçante e improdutiva. Quem não aceitou a proposta não tinha argumentos para a rejeição. Inclusive porque as casas da FASE de Porto Alegre já recebem 30 horas/estra mês (noite) e oito (dia). Colegas da FASE que vieram do Interior e não recebem estas horas também votaram conosco, mas, numa votação tensa e confusa, perdemos.
Perdemos? 
NÃO!!! 
A FPERGS aceitou, em separado, a proposta.
Por isto, temos que continuar mobilizados. Para que o Governo aceite negociar em separado. Até porque, a outra alternativa apresentada pelo governo, fora esta, seja uma total mudança nos horários.
Nos próximos dias a direção do SEMAPI chamará uma reunião para os representantes de área, não sei se aberta. Porque, infelizmente para os colegas da FASE do interior que não recebem as horas trabalhadas, e com a recusa da maioria de seus "parceiros" continuarão a não receber, ao  menos por enquanto. Mas nós, que aceitamos, queremos negociar. 
Converse com seus colegas, mantenha-se mobilizado. Já que aceitamos, queremos. E temos o DIREITO de receber.
Obrigada a todos e todas que se fizeram presentes hoje. E, FIRMEZA, na certeza que nossa vitória agora depende de nós!

domingo, 30 de outubro de 2011

Ronaldinho: Tua derrota Não Tem Preço!

Podemos dizer que Ronaldinho nasceu e se criou no Grêmio. Por um tempo, este time chegou a exibir, no estádio Olímpico, uma faixa dizendo "Não vendemos craques", respondendo à avalanche de propostas do Brasil e exterior. Ronaldinho era, então, o ídolo, adorado pelos gremistas.
Foi por esta época que Ronaldinho entrou na justiça e ganhou seu passe, alçando voo para a Europa. Virou melhor do mundo, ganhou muito, muito dinheiro, investiu, badalou por times e festas por lá. E deixou de ser o melhor do mundo, passou a jogar mal... E resolveu voltar ao Brasil.
Aqui, os gremistas abriram-lhe as portas do time. Mesmo fora de forma e acima do peso, campanhas foram feitas para arrecadar o altíssimo valor pedido. Sócios adiantaram três, seis mensalidades, gremistas não sócios tornaram-se e adiantaram mensalidades, também. Ronaldinho enrolava, e enquanto isto, preparava-se para voltar a jogar... No Flamengo!
A rivalidade entre gremistas e colorados, por aqui, são imensuráveis. Muitos gremistas não namoram COLORADAS, idem o contrário. Mesmo que a vitória do outro time interesse para a classificação, um adversário não torce pelo outro time.
Ronaldinho, porém, não ofendeu apenas os gremistas com sua traição. Ofendeu ao povo gaúcho, com todo seu bairrismo. Afinal, se antes, nós colorados, não gostávamos de Ronaldinho por ser "gremista" (sim, ele se dizia gremista!), agora trocou o RS pelo Rio!
E a resposta veio, pesada, com um estádio inteiro vaiando o jogador a cada vez que ele tocou na bola, e nem foram muitas. Nos panfletos que imitavam uma nota de cem reais, com uma caricatura bem feia do antigo ídolo, mas em vez de cem reais diziam - Sem valor, sem caráter! Nas inúmeras faixas, até muito criativas para gremistas, engraçadas, todas elas debochando do "mercenário da Azenha".
E eu não só vi colorados torcendo pelo Grêmio, eu também torci. Mesmo sabendo que hoje são raríssimo, se é que existem, os jogadores de camisa. Poderia citar alguns, mas deixo para outro momento.
O resultado da vaia, das faixas, da raiva gaúcha foram os barulhentos 4 X 2, de virada, que ainda por cima, ajudaram o INTERNACIONAL a sair do estacionamento de sétimo para sexto. Faltou o gol de Leandro Damião, mas serviu o de Cléber.
Mas, cá para nós: Vencer um jogo, trocar de posição e ver o mercenário Ronaldinho sair cabisbaixo ao final da partida, NÃO TEM PREÇO!



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Eleições para Delegada (o) Sindical!

Nos dias 01, 2 e 3 de novembro, teremos eleição para o(a) Delegado(a) Sindical de nossa
Fundação. Todas e todos os sócios do SEMAPI poderão votar, nas urnas que estarão em todos os locais de trabalho. 
Como ex-diretora do SEMAPI, ex- dirigente-executiva da CUT, atualmente Representante de Área do NAR Menino Deus (AR 32), escrevo para pedir seu voto, e elencar algumas das atribuições que a função exige. 
Você, colega, decidirá quem irá  negociar, discutir, e muitas vezes falar e brigar  por  seus direitos! 
E ressalto que o Representante, Delegada (o) ou Diretora (a) sindical nada  farásem apoio da base que representa. Mas também que, representar esta base, exige dedicação,  formação, capacitação,  e muita, mas muita  vontade  de  lutar  por dignidade,  reconhecimento  e melhores  condições  de  trabalho  e  qualidade  devida  para  a  totalidade  dos  trabalhadores (as)    de  nossa  Fundação!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Mas que família é esta?

Não conheço o programa do PSC. Nem personalidades desta sigla reconhecidamente formadores de opinião. Algum projeto importante, alguma diretriz que se traduza em avanço popular, algo que possa ser visto como alavanca para a redução das desigualdades sociais.
Aliás, pouco se ouve falar deste Partido Social Cristão.
Mas...
Graças à propaganda partidária gratuita (que a direita abomina, claro), conheci um pouco dos "cristãos".
Um de seus vídeos, com inserções no horário nobre me chamou atenção.
Diz o seguinte:
"Homem + Mulher + Amor = Família!
Embaixo, aparecem os bonequinhos, daqueles rabiscados.
Certo que de um Partido que tem em seu nome o adjetivo (ou será substantivo?) cristão, podemos esperar afirmações preconceituosas e sexistas como esta.
Bem, então resolvi propor algumas perguntas, e pedir que os leitores acrescentem outras que considerem importantes:
- Uma mulher trabalhadora, que sustenta sua casa e filhos, não é uma família?
- Duas lésbicas ou dois gays em união estável não constituem família?
- Um casal de lésbicas que adota uma criança, não será uma família (idem um casal de homens)?
- Três irmãs que criam junto seus filhos não serão uma família?
- Grupos reunidos em torno de projeto de vida em comum, morando no mesmo local podem ser família?
- Famílias só podem ser constituídas a partir de relações heterossexuais, orientadas para a procriação?
Bem, ao menos o PSC acertou quando fala que uma das partes fundamentais para a constituição de uma família é o amor. Pena ter esquecido que amor não acontece só segundo convencionou suas regras religiosas.
Afinal, vivemos num país laico, onde política e religião não deveriam ser liquidificadas num mesmo copo, não poderiam confundir-se em plataformas partidárias. Muito menos para divulgar propagandas homofóbicas, gratuitamente, em horário nobre.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Ai, Luxemburgo...

O que houve com o Flamengo?
Que goleada foi esta?
Que falta faz o Petch...
Cadê Ronaldinnho?
Inimaginável.
Estes hermanos não estavam para brincadeira.
Mesmo com as cismas bairristas e gaudérias, 
é nada agradável ver um time brasileiro tomar assim,
de vareio.
Mas, pensando bem, 
tenho que me preocupar é com o Coriítians, que vem aí
no domingo.
Bem que vem de salto alto. Mas não esqueço o título "desviado!" em 2006, o pênalti que Tinga sofreu e apesar disto, foi ELE o expulso. É este o gosto do jogo de domingo.Mas pode ter Leandro Damião voltando no domingo, estava treinando hoje.
Mas também terá D'Alessandro!
E Oscar, Tinga, Muriel, Bolívar, Índio,
Jean, e tantos outros mais...
Só falta mesmo 
Muricy!!!
Agora, pelo Flamendo e seu Ronaldinho, sinceramente, sinto muito...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Funk é Música?

Quem já passeou pelo blog já encontrou algumas postagens do “Música para Sábado”.
Rock progressivo, blues, MPB, um que outro pop.
Confesso não ser muito eclética, ao mesmo tempo em que sou tolerante com os gostos musicais alheios. Não gosto de pagode, mas não me incomoda. Não gosto de sertanejos, mas escuto. E por aí vai.
Entretanto, um (será?) gênero musical tem me incomodado bastante: O funk.
Os funk's, com suas letras picantes e danças mais ainda, penso eu, não distraem nem ajudam. Ao contrário, são manifestações grotescas do machismo, da homofobia, do racismo e do crime. Que considero extremamente perniciosas, por seu conteúdo, por suas letras. Que me agridem enquanto educadora, mãe, mulher e cidadã.
Sei que "na rua" o funk faz sucesso. Que existem profissionais deste setor, que alguns chegam mesmo a considerá-lo manifestação popular.
Por razões outras, ontem participei de uma atividade onde este foi o ritmo predominante. Presentes no local, crianças, adolescentes adultos.
A pobreza das letras é tamanha que consegui copiar trechos de alguns. E jogo na rede a pergunta: Quais conceitos de ética, de cidadania, de solidariedade, este movimento acrescenta a quem ouve?
O que fazer com esta onda que toma conta de rádios, bailes, festas, comunidades?
Certamente, a restrição da difusão seria encarada como censura, inadequada ao século XXI. O que fazer, então, com “músicas” como as que, mesmo constrangida, reproduzo abaixo?

(Todos os trechos abaixo rodam em rádios comerciais legais. Existem outras peças, imensamente mais agressivas, passadas por bluetooth, gravadas em estúdios caseiros, divulgadas pela rede.)

"E agora, eu vou dizer o teu direito, teu direito é de sentar (repete) teu direito é de descer (repete) desce aí, novinha, mãos para o alto, novinha, teu direito e de sentar e rebolar e ficar caladinha, ou porrada vai te pegar).

"Conhece a festa da Paula? é Paula dentro, Paula fora, (repete) e eu já tô com ela  durinha e tu tá bem molhadinha"

"Vai tirando a calcinha que eu já Tô de camisinha, ... levanta minha sainha... agora tira meu sutiã..."

"Não é prostituta, não é amante, é a substituta quando a mulher teima que não quer"

"Vou brincar com minha... e você brinca com sua.... "

Certamente este post gerará discórdia. Ao criticar abertamente uma onda que gera muito, muito dinheiro, que promove seus autores, executores e promotores, exponho a fragilidade de nossa produção cultural, que não consegue, apesar dos Justin Bibbers e Pagodes e sertanejos universitários, atrair nossa juventude.
Exponho a fragilidade de nossa educação. De nossa sociedade do prazer efêmero e da desumanização da raça humana. Que consegue lucrar até mesmo com o incentivo à violência sexual, ao machismo, à degradação, ao crime.
Sinto-me ao mesmo tempo constrangida e aliviada ao fazer este comentário. 

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Nos Templos do capitalismo não existem relógios!

Certamente a imensa maioria das pessoas hoje já visitou um Shopping Center. Shoppings viraram lugar de lazer, de alimentações, passeios e, claro, compras. Pessoalmente, não costumo visitar shoppings, a não ser alguma compra já decidida, geralmente  promoções que em ruas de comércio não encontraria.
Nas parcas vezes em que frequenteis estes lugares, sempre foi um em especial, o mais próximo de casa, e nunca havia parado para observar comportamentos. Mas em função de trabalho, quando precisei acompanhar um adolescente portador de necessidades especiais a um passeio dirigido, onde ele permaneceria duas horas com os professores de sua escola, resolvi aproveitar para conhecer um deles, talvez o maior e mais chique de Porto Alegre. 
Em zona nobre, o imenso centro comercial (sou brasileira, né?) tem tudo o que pode ser vendido. Tem lojas, quiosques, praças de alimentação, estacionamento, lotéricas, praça infantil para que os consumidores ali deixem as crianças que poderiam encurtar sua estada lá dentro.
Tique de antropóloga ainda não formada, transformei meu "passeio" em estudo. Sentei em uma mesa do gigantesco parque de alimentação, mas antes paguei R$ 4,00 por um cafezinho. E de lá, observei atentamente o comportamento dos frequentadores. 
Pessoas muito bem vestidas circulam entre centenas de segurança. Algumas, que me pareceram executivos, com seus lap-tops também sentados usam seus celulares de última geração. Os preços dos alimentos são astronômicos, coisa que parece não incomodar pais e mães com crianças devorando fast-foods, repetindo pedidos, ganhando brindes. Atendidos por adolescentes que são "colaboradores" e não vendedores.
Nas lojas de grifes, os trabalhadores são, via de regra, brancos. Os seguranças e limpadores não, entre eles muitos negros. Nas lojas, artigos com preços inacreditáveis: Bolsas por $ 2.000 reais, tênis pelo mesmo preço. Uma saia, que achei bonita: R$ 600. Tudo é muito caro, artigos de nem tanto luxo, mas com etiquetas que valem, só elas, muitas e muitas vezes o preço do artigo. E lojas de bugigangas, de inutilidades, de supérfluos, de inutilidades. Mas que não se chamam R$ 1,99, são lojas de novidades. 
Em shoppings não existem relógios. Não é conveniente que quem lá está se dê conta da passagem do tempo. A iluminação é totalmente artificial. Lá dentro, não se vê a passagem do tempo. A climatização excelente traz a sensação de bem-estar. Segurança total, vi quando dois meninos negros, roupas limpas mas ostensivamente baratas, foram convidados, nem tão gentilmente, a se retirar. Afinal, a segurança está ali para garantir a total despreocupação dos consumidores.
Duas horas foram suficientes para me fazer pensar em tão cedo não voltar a pisar nestes locais. Amigo de tempos, o presidente do Sindicato de comerciários de Taquari, Vítor Espinosa, muitas vezes já me falou dos horários exaustivos, dos ridículos salários, do assédio moral que sofrem estes trabalhadores. E confesso que, eu de tênis, jeans, camiseta e mochila da Universidade, também fui meio que "monitorada".
Então pensei que cada doutrina tem suas igrejas, seus templos.
E que no Brasil, as igrejas não pagam IPTU, entre outros impostos. Claro que as terreiras que professam as religiões afro-brasileiras dificilmente conseguem se beneficiar da lei.
E fiquei a imaginar se, qualquer dia destes, os shoppings não serão beneficiados pela lei, já que verdadeiros templos da doutrina capitalista, e suas práticas religiosas de consumir o que não precisam.
A propósito: A imagem acima eu copiei de um site todo ele dedicado ao consumo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Por causa dos gatos, de volta ao Vermelho!

Geralmente penso que, na dita ordem perfeita da natureza, a maior imperfeição é a duração do dia e a obsoleta necessidade do ser humano dormir. Bem que gostaria ser como quem consegue dormir três, quatro horas por noite, e depois produzir.
Não falo de produzir o que nos exige a jornada legal de trabalho, no meu caso quarenta horas/semana, que por vezes termina sendo 46, 52, 60 horas... Mas ao contrário do que alguns desinformados possam pensar, trabalhador do setor público trabalha sim, e muito. Na minha FPERGS, em outras Fundações, em outros lugares.
O certo é que, quando resolvi produzir para o blog, além de trabalhar, militar, casa, filhas, gata, lazer, (semestre trancado por absoluta falta de tempo), parei de escrever para a coluna que mantive, regularmente, no site Vermelho. 
Mas a ignomínia foi tanta, que desta vez resolvi que além de quem me lê no blog, outras pessoas deveriam conhecer um pouco mais sobre o padre-cantor. Que foi buscar inspiração nas bulas papais para declarar seu desprezo e preconceito contra... Gatos!
Não se trata de gostar mais de um ou outro bicho, de gostá-los à distância, de não se importar com o assunto. Trata-se de um formador de opinião que, ao excluir de sua "benção" o que ele chamou de animais traiçoeiros, abre portas para a legitimação, digamos, religiosa, da perseguição, abandono ou maus-tratos a um animal já quase totalmente domesticados, portanto sem chances de retorno à natureza.
Assim sendo, convido aos que acompanham este blog a espiar, em minha coluna do www.vermelho.org.br, a partir de amanhã, o que penso da postura de quem se diz religioso, embora mais pareça algum garoto desajustado, daqueles que maltratam animais por puro desvio.
Ah, valeu o incentivo, amiga gateira Ada de SP! 

sábado, 8 de outubro de 2011

Musica para o sábado

Prá quem acha que tudo tem que ser perfeito, a lucidez de Raul!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Reflexões sobre a negociação salarial

Por vezes, a visão idealizada de movimento termina por transformar-se em retrocesso. Dizia um grande camarada, querido amigo, já não entre nós: Só tem  desilusões quem se deixa iludir.
Falo de minha categoria, trabalhadores das Fundações estaduais, de alguns poucos que, indignados com o resultado das negociações salariais de nossa data-base, não reconheceram o momento de recuar para prosseguir avançando. 
A ilusão de que um Governo de esquerda traria imediatamente a resposta para todas as  reivindicações dos trabalhadores que o elegeram. Que todos os problemas estariam resolvidos.
Depositar todas as energias na esperança de uma mudança radical a partir de uma eleição só pode mesmo terminar em frustração. Governo eleito, seja qual for, mesmo o mais extremado socialista, vira PATRÃO. Um patrão com quem pode ser mais fácil negociar avanços sociais, que provavelmente não tratará sindicalistas como bandidos, tal qual fez o governo anterior. Por favor, governador, Brigada Militar, prisões, guarita em frente ao palácio,  processos por injúria, ah, isto não. Certamente não.
Um governo de quem, apesar de pesares, arrancamos a melhor negociação dos últimos oito anos.
Mas ainda assim, um governo atrelado a compromissos e acordos com quem lhe garantirá governabilidade. Mesmo que não gostemos dos parceiros e das "composições". Pessoalmente, detesto várias delas.
Um acordo que privilegiou os trabalhadores mais precarizados da categoria, que reconheceu uniões estáveis inclusive do mesmo sexo, ampliou a licença-maternidade e paternidade, que aplicou aos salários o INPC do período. Que trouxe consideráveis avanços em cláusulas sociais.
Certo, não tivemos aumento real, não recebemos a devida retroatividade. Que ruim, Governo Tarso! Faltou um pouquinho só de vontade política. Ficaste devendo, e cobraremos. Ah, certo que cobraremos!
Este não é o Governo de nossos sonhos. Tem problemas, contradições, tem as  alianças que não gostamos. Mas este é o Governo que, felizmente, elegemos.
Esta é nossa categoria. A que aprovou a proposta. Que apesar das precariedades, da falta de pessoal, de recursos, de salários dignos, de reconhecimento, constrói este Estado. 
Uma categoria que não aceita jogar-se em aventuras irresponsáveis, que separa política partidária de política sindical. Que sabe a hora de parar e fazer barulho, muito barulho,  mas que tem a sabedoria de reconhecer o momento certo de parar, recompor as forças e depois retomar a luta.
Nossa, MINHA  categoria, nunca se dispôs a ser refém de uma pseudo-vanguarda que só representa a si mesmo, que não reconhece as próprias limitações, descolada da realidade que a cerca.
Que sequer admite a derrota em uma simples assembléia de negociação salarial, nem a decisão tomada pela maioria de seus próprios colegas.
Enfim, incompreensões, xingamentos e decepções à parte, encerramos a primeira etapa da negociação.
Aprovamos o possível.
O caminho agora é a mobilização. Hoje, quando defendi não a proposta, mas sua aprovação como artimanha para garantir a continuação das negociações, propus embretarmos o Governo. Como? Lutando pela redução da jornada, pelo fortalecimento de nossas Fundações, pela realização de concursos públicos para suprir as necessidades  de pessoal.
Mas depois de uma tarde tensa, já em casa, relendo um velho almanaque de farmácia, embolorado, para descontrair e aliviar a tensão do processo, terminei encontrando uma frase gaudéria que deixo para quem me lê:
Quanto mais barulho faz a carroça, mais vazia está!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Janis. Eterna.

Depois de um dia punk, trabalho, sindicato, convocações, assembléia decisiva amanhã... Janis.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Gatos

Sempre repito: A gata mais bela de todas as gatas foi Posh. Uma gata enorme, amarela, carinhosa e arisca ao mesmo tempo. Por anos, minha grande parceira. Brincava com azeitonas, tinhamedo de trovões, mas era extremamente carinhosa. Não vou dizer que falava, mas eu entendia seus miados e expressões.Mas já se foi... Hoje, tenho fotos dela e uma tatuagem de minha gata no braço, e lembranças inesquecíveis.
Tenho agora a Gatolina. Diferente, preta, bagunceira. Não respeita as plantas que Posh solenemente ignorava.
Mas o vídeo que vou postar, era e é o grande "barato!" de qualquer gato.
Minha filha, quando pequena, fazia algo parecido.
Gatos escolhem seus "donos". Na verdade, são eles nossos donos!
Olhem o vídeo abaixo, e entendam o que é arrumar uma cama com um gato deitado nela.
Quem não conheceu Posh, pode vê-la http://prosarepoesia.blogspot.com/2009/09/gatos-posh-mais-linda-gata-amarela.html
E o vídeo:

domingo, 2 de outubro de 2011

Eu Quero Muricy de Volta!!!

Doze horas de plantão, em pleno domingo de sol, e terminar o dia com o Inter perdendo por DOIS a zero para o time com pior ataque do campeonato, ninguém merece.
Meu Time tem tudo: Jogadores da melhor qualidade, um Gigante da Beira Rio como estádio, sediará jogos da Copa, excelente desempenho enquanto empresa, a maior torcida do sul, uma imensidão de sócios. Nesta década (ou neste século, como preferir), é o Time com mais títulos no Brasil.
Seis  jogadores em nível de seleção (três da Seleção Argentina e três da Brasileira), tem o fenômeno Leandro Damião, embora lesionado, tem o goleiro revelação, tem tudo. E cada vez mais se aproxima da zona obscura, aquele "miolão" que fica no meio, entre os quatro de cima, da zona da Libertadores, e dos quatro de baixo, que cairão para a segundona.
O que falta então?
Técnico!!!
Um técnico que não deixe Bolívar de castigo, que volte a colocar Andrezinho no segundo tempo, que avance Guinazú e Oscar. Que jogue ofensivamente desde o início do jogo, que valorize o excelente material humano que tem. Um técnico que tenha alma COLORADA e escute a torcida!!!
E uma direção que NÃO VENDA Leandro Damião tão cedo.
Por isto tudo, sei que é difícil, mas o povo clama: VOLTA MURICY!!!!!
Ah, a foto eu copiei do http://pt-br.interpedia.wikia.com/wiki/Muricy_Ramalho

sábado, 1 de outubro de 2011

Marina Tucana!

Assisti o programa do PV quando Marina Silva, recém desfiliada do PT declarou sua candidatura "verde" à presidência do Brasil. Na época, em vez do blog, mantinha uma coluna regular no Vermelho, e lá postei um texto onde dizia que Marina estava "tucaneando" (http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=2479&id_coluna=32)
Bueno, elogios, críticas e bordoadas à parte, meu prognóstico estava absurdamente certo.
A campanha eleitoral veio, Marina fortaleceu a candidatura Serra, levou Dilma ao segundo turno, quando  então,  comodamente, não assumiu posição.
Agora, já em vistas à próxima campanha eleitoral, a ex-verde vai buscar os tucanos,
Embora tenha eu consciência que a pauta ambiental deve ser prioridade para qualquer governo sério, tenha lá minhas discordâncias nesta área com alguns encaminhamentos tomados pelo Governo Dilma (Belo Monte, entre outros), fica difícil. Não consigo entender o apoio de quem esteve ao lado de Chico Mendes à classe que determinou sua execução.
Por isto, os elogios de Marina à FHC, Serra, sua busca pelo apoio de Itamar Franco, soam dissonantes.
Não faz muito tempo, aliás poucos dias, li atentamente as notícias sobre Marina desfiliando-se do PV. Confusão, então: Concorrerá? Cheguei a pensar que Marina aderira ao grupo dos desiludidos partidários e com as instâncias ortodoxas de poder. Mas, e  caso concorra, por qual via? Ou apenas apoiará os tucanos? E suas conversas com a ex-PSOL Heloísa Helena, algo a ver? Afinal, as duas candidaturas, cada uma em seu tempo, pareceram tão semelhantes...
O peso da alfinetada de que o Brasil não precisa de um "gerentão" bate diretamente na Presidenta Dilma. A infeliz comparação de Lula,  Serra, Chico Mendes e FHC consegue ser revoltante. Ou memória de Marina está seriamente prejudicada, ou a pseudo-ambientalista nunca teve, sequer remotamente, consciência de classe, revolta pela opressão ou preocupação com sua agenda predileta: A preservação ambiental.
De nós para nós: Não consigo acreditar em preservação ambiental sem combate à miséria, à exploração do homem  pelo homem e ao neoliberalismo, doutrina absoluta dos atuais parceiros de Marina.