quinta-feira, 20 de maio de 2010

Papai Noel e as negociações da direita

Barco fazendo água e ratinhos pulando pela proa. Esta poderia bem ser a imagem da tentativa de coligação entre PSDB e PP aqui no RS.
Mesmo com a maioria dos militantes do PP querendo a coligação com o partido da governadora, esbarram num gigantesco entrave: a coligação para os cargos proporcionais.
O PP pretende ampliar suas vagas na Assembléia e na Câmara Federal. Para isto, precisam da coligação com o PSDB. Os votos dos dois partidos, somados, poderia garantir ao menos um deputado a mais para cada legenda – ou dois a mais para uma delas, no caso para o PP, mais estruturado no interior. Este é o medo do PSDB.
Esta negociação está azedando os ânimos dos progressistas, herdeiros diretos da antiga ARENA. E mais: Mesmo com os recentes “pacotinhos de bondades”, a governadora enfrenta o maior índice de rejeição. São 45% dos gaúchos que dizem não votar nela de jeito nenhum. Mesmo o oportunista PPS, ardoroso defensor do neoliberalismo e da candidatura Serra está avaliando se continua a apoiar a governadora.
Mas engraçado mesmo foi saber do diálogo entre dois líderes progressistas na reunião de seu diretório estadual:

– Eu acredito na reeleição da governadora – apregoou o deputado Vilson Covatti.

– E Papai Noel existe – retrucou em voz baixa o prefeito de São Jerônimo, Marcelo Schreinert.

Para Schreinert e Fetter Júnior, prefeito de Pelotas, a coligação na proporcional seria uma condição razoável para o PP bancar uma candidatura que nasce fazendo água..

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