quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dilma na ONU: Palestina Já!

"Assim como a maioria dos países nesta assembléia, acreditamos que é chegado o momento de termos a Palestina aqui representada a pleno título. Apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional".
Estas foram as palavras de nossa presidenta, primeira mulher a discursar em uma assembléia da ONU. Contestada pelo presidente do falido e arrogante EUA, Dilma defendeu, com coerência, a necessidade e o direito dos palestinos ao reconhecimento de sua pátria.
Fez mais: reivindicou, com coerência, um assento permanente para o Conselho de Segurança da ONU para o Brasil. Lembrou que a legitimidade do Conselho depende de reformas, e que a falta de representatividade corrói a legitimidade do órgão.
Obama, defendendo os interesses do neoliberalismo, declarou: "A paz não vem com resoluções das Nações Unidas e o impasse entre israelenses e palestinos quando um se colocar no lugar do outro". Como se a paz em países invadidos pelos EUA pudessem ser resolvidos por entendimento. E, claro, sequer tocou nas polpudas ajudas dos EUA para o Estado de Israel, nem sobre o fato deste país servir como base militar para os estadunidenses no Oriente Médio.
Dilma fez mais: lamentou não poder saudar o Estado da Palestina como membro da ONU.
Grande discurso, presidenta. Mesmo o Brasil, historicamente, se posicionado a favor do Estado da Palestina, nunca outro brasileiro havia se posicionado, tão incisivamente, na ONU. Parabéns.
Por aqui, continuamos a chamar o ato de 23 de setembro, Largo Glênio Peres, 10h30min. Todos e todas que defendem a liberdade, o fim do sangrento conflito na região, certamente estarão presentes.