quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Remédio para todos os males

Assistir o horário eleitoral é programa indispensável nestes tempos. Para ver e ouvir o que está sendo proposto, para avaliar os candidatos, para distinguir bem o que é viável e o que é viagem. Por ontem,  a mudança no programa de Serra foi notável. Deve ter sido trocada toda a equipe, porque método, fotografia, música, tudo mudou. Claro que a baixaria continua pegando: Afinal, quem não tem proposta só pode apostar na desqualificação do oponente. O programa de Dilma, ótimo, cometeu uma incorreção histórica forte: citou a Princesa Isabel como responsável pelo fim da escravidão. Equivocado e dispensável.
Mas depois, nas candidaturas proporcionais, ouve-se de tudo. Certamente que as prioridades partidárias limitam o tempo de exposição das propostas. Mas alguns candidatos, premidos pelo pouco tempo, enumeram demandas como quem serve-se num rodízio de pizzas. Ontem mesmo ouvi um que disse algo como: "Saúde, educação, ecologia, segurança, redução de impostos, mais empregos, melhores salários e fim da corrupção". Como se as bandeiras encordoadas pudessem ter algum significado.
Fora atuações folclóricas como a do candidato que se diz muito pobre (o que dá a entender que caso eleito resolverá sua vida), o outro que se propõe a acabar com a bandidagem, os enviados por deus e outras pérolas, o que fica mesmo é que a falta de entendimento sobre o que faz um parlamentar ainda grassa em muitos partidos, que para engordar as listas necessárias se comprometem com quem não tem nenhum compromisso com a boa política.

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