terça-feira, 7 de setembro de 2010

Bateu o pavor!

Cheguei em casa neste 7 de setembro por volta das cinco da manhã, exausta das agendas da campanha, mas resolvi espiar os telejornais apresentados pela TV aberta. 
Primeiro, localizar telejornalismo, já que três emissoras apresentavam cultos evangélicos. Depois, a constatação: Bateu o pavor na direita brasileira. Só se fala em vazamento de dados da receita. A hipervalorização de um episódio ocorrido há cerca de um ano. Detalhe a detalhe, cada vírgula comentada, com direito a pitaco da tucana de bico verde Marina Silva, naturalmente indignada com o fato e exigindo, aos brados, apuração e punição dos fatos.
Num momento em que a diferença de pontos nas pesquisas demonstra a inviabilidade da campanha tucana, todos os recursos são tentados para oportunizar uma virada na posição de Serra. Até o absurdo de Serra comparar-se com Lula em 89, quando foi utilizado um depoimento-bomba sobre a possível intenção de Lula interromper a gravidez de sua filha Lurian. 
Tá, e daí?, perguntamos.
Qual a relação entre os dois fatos? Nenhuma, claro. Mas o que fazer quando não há nada a dizer? Inventar...
O desespero tucano aparece também no horário eleitoral, onde os partidos auxiliares alimentam as denúncias contra Dilma. Francelino para cá, Plínio para lá e reaparece o... sigilo fiscal.
Tão boa memória para alguns fatos, tão ruim para outros. Porque os partidos auxiliares da direita não recordam do caso Daslu? Do Mensalão do DEM? Falam tanto em Zé Dirceu que esquecem Arruda e Maluf.
Sem propostas concretas para apresentar, a tucanagem geral só tem mesmo que esbravejar, xingar, distorcer e reclamar. Sem, entretanto, deixar de tentar colar sua imagem desbotada no presidente de maior aprovação da história. 
A água chegou no pescoço tucano. Bateu o pavor. E começou a baixaria, como era esperado. Afinal a mídia golpista, a direita indignada e os tucanos decadentes não entregariam facilmente seus privilégios.

Nenhum comentário: