domingo, 30 de outubro de 2011

Ronaldinho: Tua derrota Não Tem Preço!

Podemos dizer que Ronaldinho nasceu e se criou no Grêmio. Por um tempo, este time chegou a exibir, no estádio Olímpico, uma faixa dizendo "Não vendemos craques", respondendo à avalanche de propostas do Brasil e exterior. Ronaldinho era, então, o ídolo, adorado pelos gremistas.
Foi por esta época que Ronaldinho entrou na justiça e ganhou seu passe, alçando voo para a Europa. Virou melhor do mundo, ganhou muito, muito dinheiro, investiu, badalou por times e festas por lá. E deixou de ser o melhor do mundo, passou a jogar mal... E resolveu voltar ao Brasil.
Aqui, os gremistas abriram-lhe as portas do time. Mesmo fora de forma e acima do peso, campanhas foram feitas para arrecadar o altíssimo valor pedido. Sócios adiantaram três, seis mensalidades, gremistas não sócios tornaram-se e adiantaram mensalidades, também. Ronaldinho enrolava, e enquanto isto, preparava-se para voltar a jogar... No Flamengo!
A rivalidade entre gremistas e colorados, por aqui, são imensuráveis. Muitos gremistas não namoram COLORADAS, idem o contrário. Mesmo que a vitória do outro time interesse para a classificação, um adversário não torce pelo outro time.
Ronaldinho, porém, não ofendeu apenas os gremistas com sua traição. Ofendeu ao povo gaúcho, com todo seu bairrismo. Afinal, se antes, nós colorados, não gostávamos de Ronaldinho por ser "gremista" (sim, ele se dizia gremista!), agora trocou o RS pelo Rio!
E a resposta veio, pesada, com um estádio inteiro vaiando o jogador a cada vez que ele tocou na bola, e nem foram muitas. Nos panfletos que imitavam uma nota de cem reais, com uma caricatura bem feia do antigo ídolo, mas em vez de cem reais diziam - Sem valor, sem caráter! Nas inúmeras faixas, até muito criativas para gremistas, engraçadas, todas elas debochando do "mercenário da Azenha".
E eu não só vi colorados torcendo pelo Grêmio, eu também torci. Mesmo sabendo que hoje são raríssimo, se é que existem, os jogadores de camisa. Poderia citar alguns, mas deixo para outro momento.
O resultado da vaia, das faixas, da raiva gaúcha foram os barulhentos 4 X 2, de virada, que ainda por cima, ajudaram o INTERNACIONAL a sair do estacionamento de sétimo para sexto. Faltou o gol de Leandro Damião, mas serviu o de Cléber.
Mas, cá para nós: Vencer um jogo, trocar de posição e ver o mercenário Ronaldinho sair cabisbaixo ao final da partida, NÃO TEM PREÇO!



Um comentário:

Anônimo disse...

MUITO BOA TUA PERCEPÇÃO DESTE FATO EMBLEMÁTICO PARA NÓS TRICOLORES E SINTOMÁTICO PARA OS ESPORTISTAS DA ATUALIDADE....
QUANDO O PERSONAGEM NA SAÍDA DO CAMPO COMPARA AS TORCIDAS, ELE ACUSA O GOLPE DE TER SE TORNADO UM FELIZ MERCENÁRIO EM DETRIMENTO DO EXEMPLO DE ÓTIMO JOGADOR FORMADO NAS CATEGORIAS DE BASE DO TRICOLOR DOS PAMPAS.ENFIM, OS BONS TEMPOS DO FUTEBOL COM ÉTICA JÁ SE FORAM, O QUE DENOTA O RECRUDESCIMENTO DO CAPITAL NA FORMAÇÃO DOS VALORES DO HOMEM.FLÁVIO MAIA ABS