Certamente ninguém que tenha mais de 50 anos imaginou, nos meados da década de 1970, o tamanho da importância que a tecnologia poderia ocupar em nossas vidas três décadas depois. Lembrei dia destes de um episódio de Lost in Space (não perdia nehnum) onde o major Don e o capitão John comunicavam-se com pequenos aparelhos, que, à semelhança de nossos celulares, eventualmente perdiam o sinal.
Já na década de 90 comprei, e muito caro, meu primeiro celular. Um tijolão analógico, com autonomia de seis horas, mas que beirava o inacreditável: Podia ser achada e achar, podia falar de qualquer lugar.
Depois o computador. Inicialmente, algo aterrorizante. Depois, Internet. Quem criou meu primeiro endereço de e-mail foi minha filha, então com DEZ anos. E aí, as coisas evoluindo, as necessidades de trabalho apertando... Tive que aprender.
Estas falas certamente podem parecer anacrônicas hoje. Em tempos de rede, redes sociais, comunicação instantânea, internet no celular e sei mais o que já existe e ainda não conheço, lembro das aulas de datilografia no Colégio Glória, com as mãos tapadas para decorar o lugar das teclas, dos trotes telefônicos absurdamente ingênuos: " -É da rua tal, numero XX? --Sim! Pode ver se não tem um fusca verde na frente de sua casa? -Um momento... Não, não está!
-Ah, então amadureceu...
Em tempos de identificadores, de e-mails com recibo de recebimento, de celulares com GPS, certamente as coisas ficam menos obscuras, mais definitivas. O oráculo moderno, o Google, tem respostas prontas para quase todas as perguntas. E até mesmo as dinossauras como eu tem, além do PC, um telefone com rede social e conferência de e-mails.
Bem, todas estas lembranças vieram junto com um crashcrecthriush ou coisa parecida que aconteceu em meu computador, e que me fez passar algum tempo dependendo do celular. Que não tem memória suficiente para postar no blog. Esou, portanto, refém de minha dependência cibernética, ora usando o lap da filha, ora o da irmã. Lan house? Não me sinto à vontade. Por isto este hiato em postagens no prosarepoesia.
Mas não há mal que sempre dure, semana que vem meu tip top (como foi batizado por minha amada faixineira) volta para casa. Por enquanto, tento me adaptar a teclados menores, outros navegadores e a falta de algo que parece ter se tornado extensão de minhas mãos.
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