quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O que querem do Egito

Para um  país onde 80% da juventude não tem perspectivas de trabalho não dá para estranhar a crise atual no Egito. O que não dá para aguentar é a dubiedade da Globo.
O medo de uma teocracia (que seria realmente lastimável) é supervalorizado pela emissora.
Mas quando dizem que "quem está nas ruas não tem barba, não usa lenços nem ratha (aquele lenço quadriculado que os homens árabes costumam usar), o que está sendo dito é que o Egito vive uma tentativa de ocidentalização.
E isto não é verdadeiro.
O que é engraçado, para não dizer trágico, é que por muito, muito menos, Afeganistão e Iraque foram invadidos, destruídos, tiveram seus governos depostos em nome da "democracia". EM nome desta mesma democracia outros países árabes e a Coréia vivem constantemente ameaçados.
O perigo maior é que os pretensos defensores do mundo, leia-se invasores estadunidenses, aproveitem a oportunidade para enxertar algum governo subserviente e neoliberal.
Que os egípios estejam atentos!

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