O ato de escrever tem uma singularidade sobre nossas (ou minhas) outras características. Escreve-se às vezes por impulso, por vaidade ou por ofício. Certo, pode-se empilhar razões e motivos, mas escreve-se, principalmente, pelo prazer. Escreve-se pelo deleite de comunicar ou compartilhar nossas opiniões.
Escreve-se como depoimento vamente sugerido. Escreve-se com a ousadia de imaginar desdobramentos de ações a partir das similaridades, do conhecimento adquirido ou da conjunção de fatores presentes. E Então escrevemos porque entendemos os fatos. Bem cedinho.
Escreve-se por que a palavra escrita é hoje, de todas, a arma predileta do poder estabelecido e nossa maior possibilidade: O convencimento pela razão. Bem, nós temos a razão.
Escrever juntando a observação com a elaboração. Sobre o visto e o vivido. Pintar retratos com idéias derramadas em palavras. Contaminar o conhecimento alheio de realidade.
Escrever pode ser reafirmar o já dito, explicar o ocorrido. Mas é muito mais do que isto.
Escrever pode ser publicizar e por a prova o que entendemos como corretas posições, idéias e conceitos.
Escrever é desnudar nossas fraquezas e incapacidades, ou corroborar nosso conhecimento.
Escrever é contaminar de tesão nosso pequeno mundo.
Um comentário:
"Pintar retratos com idéias derramadas em palavras.", que bonito!
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