segunda-feira, 7 de junho de 2010

Do jeito que a coisa se apresenta

Hoje pela manhã, ouvindo o noticiário de uma rádio, tomei conhecimento de uma pesquisa feita com ouvintes e internautas. A questão colocada dizia respeito aos flanelinhas, apresentados pelo locutor como uma das "pragas" das cidades.
A pergunta era mais ou menos se os ouvintes estariam satisfeitos com o trabalho dos cuidadores de carros que ficam estacionados pelas ruas da cidade. Em Porto Alegre me pareceu que o contingente de "flanelinhas"é maior do que em outros lugares, pelo discurso atormentado do locutor.
Certo que a ninguém agrada a obrigatoriedade de pagamento compulsório para que o carro simplesmente permaneça onde está; certo que em muitos casos a cobrança pode  tomar o aspecto de extorsão.
Mais certo ainda que pagamos sem reclamar nas áreas destinadas pelo poder público para estacionamentos.
E que quem cumpre este papel em maioria dos casos são moradores de rua, de alguma forma envolvidos com uso de álcool, drogas ou pequenos delitos, sem qualificação profissional para um trabalho fixo menos precário.
Não ouvi, nem do locutor nem dos ouvintes, nada a respeito da necessidade de segurança. Nada que indique a responsabilidade da segurança dos veículos estacionados. A matéria se resumia a: "É um absurdo pagar ou ruim com eles, pior sem eles."
Situação complexa, mas de resolução possível, dependendo da vontade política de governos municipais e segurança pública.
Nem preciso dizer que a rádio em questão é afiliada da Globo. E que, apesar dos elogios e apoio explícito aos governos municipal e estadual, nem de leve falou na responsabilidade deles na situação.
Imagem:http://evanioaraujo.zip.net/images/flanelinha01.jpg

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