Pois de 18/06, até hoje, madrugada de 22/06, conversei com muits pessoas, ouvi e li todo o tipo de teorias e prognósticos sobre o "povo que acordou" (Tinha gente dormindo?), descrição qualitativa e quantitativa dos que transformaram um protesto em tese pacífico em tumulto e vandalismo.
Minha primeira pergunta ao abordar o tema foi invariável:
- Quais são as bandeirs de luta?
Ouvi dezenas de respostas. Muitas delas se referiam à corrupção no país. O mensalão. Ok, também sou e creio, que, menos quem se locupleta com a corrupção, contra ela. Mas e as outras e incontáveis "corrupções" de antes, quem lembra? Das privatizações, por exemplo? Do tempo em que se dizia que o serviço público era um elefante branco e deveria ser desmontado? Da venda da Vale, quem lembra?
Mais respostas: A Copa do Mundo. É este o moivo, então?
Da saúde pública. Ah, este motivo eu endosso. Seja a cargo do Estado, da Federação ou municipalizada, a saúde é ignorada, não há vagas, não há especialistas, não há tratamento preventivo. Pois é, mas mesmo assim uma parcela considerável dos autoproclamados formadores de opinião se opõem ferozmente à vinda dos médicos formados pela ELAM, Cuba.
E as respostas começaram a escassear. Lembrei do fascista Feliciano, transformando pessoas sadias em doentes só por causa de quem elas amam. A maioria concordou.
Lembrei das reformas. Quais? Expliquei.
Concordaram.
Mas quando lembrei que temos pela frente a ameaça de um pl que pode acabar com o serviço público, por permitir a terceirização de sua atividade-fim, acharam muito complicado.
E aí estamos nós, trabalhadores, com esta batata quentíssima nas mãos. Uma manifestação de trabalhadores contra este pl hoje será notado por alguém?
É, ninguém afirmou que manter a direita apenas irritada pensando em como dourar um Aécio para 2014 serpa fácil. Mas, penso eu, se alguém dormiu, não foi o povo.
Nós é que não soubemos prever os pesadelos.
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